O Poder de Ouvir: Como evitar Discussões Desnecessárias e Cultivar Relações Saudáveis.


“A sinceridade só existe quando exercida para consigo mesmo, mas a confiança é uma mera ilusão.”

Dan Dronacharya

Hello my dear readers…

Como estão? Espero que estejam bem-dispostos e cheios de boas energias, enquanto continuamos nossa jornada neste mundo em constante movimento e transformação. 🙂 🙂 🙂

Evitar discussões é um dos melhores caminhos a se seguir? Preparem uma xícara de café, relaxem, inspirem e expirem lentamente, e me acompanhem nesta reflexão.

Não se deixem levar pelas ideias pré-concebidas que possam existir em suas mentes. Espero que essas palavras os toquem profundamente, pois as escrevo com gratidão e amor pulsando em meu coração.

Sinceramente, acredito que estamos no caminho certo quando nos tornamos mais dignos e responsáveis por nossas ações. O progresso exige que admitamos nossas falhas e sejamos honestos na busca pela correção.

As discussões frequentemente surgem da confusão e vice-versa. Isso acontece porque muitas vezes nos sentimos incompreendidos e injustiçados, não é mesmo? Mas por que achamos que os outros deveriam entender-nos imediatamente?

Como poderia um ser humano compreender imediatamente o pensamento de outro ser? Além disso, há falhas na comunicação, como interpretações equivocadas e outros fatores. Tudo isso nos leva a uma conclusão óbvia: é impossível saber exatamente como o outro pensa.

Isso mostra quão desrespeitosos podemos ser quando afirmamos conhecer o pensamento de alguém. Cada um de nós tem um universo particular e desconhecido para os outros. Não é necessário viver de mentiras, mas todos temos segredos.

“O coração é terra que ninguém pisa”

Autor desconhecido

Então, o que podemos fazer?

Sabendo que tudo o que expressamos é uma representação da nossa mente, é nossa responsabilidade comunicar-nos claramente. Muitas vezes, falhamos em nossa comunicação e não suportamos a falta de entendimento dos outros. Por que é tão difícil reconhecer nossas falhas? Seria covardia ou estupidez? Talvez ambos?

Temos o péssimo hábito de culpar os outros por não nos entenderem, chegando a pensar que eles são menos inteligentes. Pense na frase: “você não me entendeu”. Quantas vezes você já a disse ou ouviu alguém dizer isso?

Acredito sinceramente que a abordagem mais adequada seria aquela em que nos esforçamos para perceber se nos expressamos de forma clara ou se acabamos por confundir ainda mais o interlocutor. Precisamos abandonar a tendência de sempre querer estar certo e, em vez disso, buscar uma nova oportunidade para explicar nossas ideias ou compreender melhor a perspectiva do outro.

Admito que muitas vezes nos sentimos envergonhados ao esclarecer ou explicar um assunto, mas acredito que a atitude nobre de ouvir sem julgar é fundamental para uma comunicação efetiva. Infelizmente, julgamos e ouvimos com nossos próprios filtros, o que torna a compreensão mútua algo cada vez mais raro. Quantas vezes você já saiu de uma conversa com a sensação de ter falado sozinho ou de não ter sido verdadeiramente ouvido?

Muitas vezes ouvimos as pessoas, mas não as escutamos de verdade. Saber ouvir sem julgar é uma atitude nobre, mas não é algo natural para os seres humanos, exigindo esforço constante. Julgamos e ouvimos com base nos nossos próprios preconceitos, o que acaba dificultando a compreensão mútua em uma conversa. Quantas vezes já saímos de uma conversa com a sensação de que falamos sozinhos ou de que não fomos ouvidos? É importante termos a coragem de admitir quando não entendemos algo, em vez de fingir compreender por medo de ferir, de se ferir ou se expor.

Infelizmente, muitas vezes caímos na armadilha de fingir que entendemos algo que na verdade não entendemos, abrindo espaço para insegurança e discussões desnecessárias. Eu mesma já fiz isso várias vezes, movida pelo medo de ficar sozinha e deixando de lado minha própria dignidade.

No entanto, com o tempo aprendi que o amor precisa nascer em nós mesmos e que a sinceridade é fundamental nas relações. Não é preciso confiar cegamente em ninguém, mas sim aceitar que a confiança só pode ser construída mediante aferição.

O tempo passa e a gente acaba percebendo que o amor precisa nascer na gente. Eu acredito que a falta de sinceridade nas relações é o fator complicador de tudo. Não, não é preciso confiar, eu não confio em ninguém, acho que é preciso aceitar.

Eu costumo guiar meus alunos no entendimento de que aqueles que solicitam confiança logo no início não são dignos dela. É fundamental que se dedique um tempo à observação e verificação antes de depositarmos nossa confiança em alguém. Quando confiamos ingenuamente nas pessoas, frequentemente acabamos “forçando” a outra parte a nos enganar. A verdadeira confiança deve ser construída com base em provas e evidências, e quem é honesto não teme ser avaliado. Aqueles que tentam enganar ou trapacear utilizam artifícios para conquistar a confiança de outras pessoas e não gostam da aferição.

Ao refletirmos com atenção, percebemos que pedir para alguém confiar sem hesitar é uma falta de amor e um gesto egoísta, completamente desprovido de bons sentimentos. Não faz sentido dizer isso a qualquer pessoa. Quantas brigas começam por causa de uma pergunta ou porque alguém se sente sozinho ou enciumado? Quantas discussões poderiam ser evitadas se houvesse cumplicidade e acolhimento entre os casais? Infelizmente, a liberdade de falar com quem amamos sobre como nos sentimos ameaçados ainda é um sonho distante, tornando-se ainda mais difícil com as relações modernas. Esse sonho se realizaria se o amor verdadeiro existisse entre as pessoas.

Continuando com sinceridade, perguntamos se faz sentido alguém que nos ama pedir para confiarmos sem questionar. Isso é realmente aceitável?

Peço desculpas, mas este assunto mexe comigo. Eu perdi muito fingindo ser alguém que não sou e discutindo com quem amo.

Hoje, depois de alguns anos de experiência, posso afirmar que somos rápidos e tolos ao acusar o outro de incompreensão. Aprendi que, às vezes, basta respirar profundamente para percebermos que nosso pensamento só era claro para nós porque éramos os únicos a pensar assim, não é mesmo? 🙂

Você pode até pensar que abster-se de discussões é se anular e não expressar suas opiniões. Mas não é bem assim, meus queridos. Não discutir não significa deixar de manifestar suas visões de mundo. Abster-se da discussão é um gesto de amor, é renunciar e zelar pela paz e pelo respeito.

Entendo que as discussões nascem da vontade humana de se autoafirmar. É fácil perceber isso, basta notar que é quando discutimos que falamos coisas das quais nos arrependemos. É sempre depois desses momentos ruins que choramos por ter dito coisas que não eram verdadeiras.

Durante as discussões, nos sentimos desprotegidos e é também nesses momentos que ferimos quem amamos. Ainda há muitas pessoas que acreditam que as verdades são ditas durante esses momentos de descontrole, mas eu discordo plenamente. Não estou discutindo, mas sempre me posiciono. Depois me digam se vocês já obtiveram algum benefício das discussões. Valeu a pena? Reflitam sobre isso, meus amores, e lembrem-se de que refletir é diferente de meditar (risos).

Espero ouvir de vocês!

Gratidão.

Dan Dronacharya

Sobre Dan

Estudante da consciência, Escritora e Professora de Yoga

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