Oi,
Como vão as coisas desse lado? Está semana as flores dos lírios do meu jardim abriram, hoje o dia amanheceu cheio de neblina e neste exato momento está a chover.
Dizem que falar sobre o tempo é coisa de gente que não tem o que falar, mas que quer conversar e também dizem que vestir calcinha preta no dia do casamento da azar pra quem vai casar, será? 😉
Muitas estórias, não é mesmo? Os nossos dias estão sempre cheios de distração e na mesma toada estão cada vez mais desprovidos de emoção.
Sinto e lamento que o mesmo automatismo da respiração tenha invadido os lares e destruído muitas relações.
Nota-se que muitas vezes nós obedecemos as regras como quem apenas inspira e expira mecanicamente sem consciência alguma.
Reza a lenda que a nossa respiração é como o desejo de comer, e em parte é verdade, mas o nosso sistema respiratório está um pouco acima dessa observação rasa.
Conscientizar-se de sua respiração é conhecer a si mesmo.
Pois, bem existe um conto budista que diz que devemos contar até nos acalmarmos e se observarmos bem, notaremos que enquanto estivemos contando a nossa respiração também mudou o ritmo.
Existe um sincronismo maravilhoso entre a respiração e a paz mental, na verdade a respiração consciente é o caminho para a senda da meditação, que é o objetivo fim do Yoga .
Conscientizar-se da própria existência é deixar de ser madeira na torrente, é não permitir estar sem sentir, é não obedecer sem o entender e não seguir quando não se sabe onde quer ir. Empaca -se, emburra- se e não sai do lugar sem ter a certeza de que pode ser melhor.
Um ser consciente e, portanto, um Yogi não faz nada sem discernir e somos hábeis em perder, não nos importamos com o caminhar do outro, sabemos que cada um segue uma estrada embora todas elas levem ao mesmo destino.
Não impomos regras, sabemos que a vida é uma bênção e não se regularizam as bênçãos.
Não olhamos para aquilo que não nos pertence, somos conhecedores dos nossos vícios e virtude.
Portanto, desconhecemos totalmente as lendas de desamor e gostamos de falar sobre o clima e sobre o tempo, sobre dor e as flores e sobre saber ser e estar na presença divina do outro.
Mas,
Como posso respirar para me acalmar deve ser a perguntar de um milhão de dólares, correto?
Quando precisar resfriar sem pirar, respire assim:
Esvazie o seu pulmão, retire todo e qualquer resquício da última respiração, depois siga a sequencia abaixo:
– INSPIRE e conte 1, 2, 3, 4, enquanto puxa o ar .
– SEGURE O AR e repita a contagem 1, 2, 3, 4.
– EXPIRE DEVAGAR e conte 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, enquanto expulsa o ar.
– FIQUE SEM AR e conte 1, 2, 3, 4 e repita o exercício se achar necessário.
Fique a vontade, liberte o seu espirito, permaneça o tempo necessário para completar cada fase do exercício, permitindo que sua respiração se estabilize, a sua mente se acalme e todo o seu ser goze paz.
Se ficarmos com pressa, perderemos o essencial da vida, ou seja, a nossa própria vida. Talvez se pensarmos mais sobre como desenvolver e melhorar o amor próprio, poderíamos ser mais amor com todos, não?
Relaxe, solte os seus músculos e não se preocupe com um tempo definido; o objetivo é restabelecer a razão, recuperar a conexão com seu interior, blindar energeticamente o seu ser e não permitir que ninguém leve a sua paz.
Lembre-se de que o arrependimento de se perder de si pode ser mais doloroso do que qualquer desconforto físico. Portanto, pratique com paciência e foco e amor.
Permita que o Sol brilhe, mesmo que seja inverno…
Com amor e gratidão,
Dan Dronacharya
Quando eu não puder falar, escreverei…