“Segundo o Huxley,
O homem se curva a religião quando descobre a finitude ou quando acalmam-se os frenesis das muitas paixões da mente humana.
A religião ganha espaço quando nada mais nos resta a não ser se curvar.
Segue abaixo um trecho interessante do livro “O admirável Mundo Novo.” Apreciem e reflitam e claro, leiam a obra completa, é um história maravilhosa como tudo que o Huxley escreveu.”
“… Dizem que é o medo da morte, e do
que vem depois da morte, que leva os homens a voltar-se para
a religião à medida que os anos se acumulam. Todavia, a
experiência pessoal me trouxe a convicção de que,
completamente à parte de tais temores e imaginações, o
sentimento religioso tende a desenvolver-se quando
envelhecemos; tende a desenvolver-se porque, à medida que as
paixões se acalmam, que a fantasia e a sensibilidade vão
sendo menos excitadas e menos excitáveis, a razão é menos
perturbada em seu exercício, menos obscurecida pelas
imagens, desejos e distrações que a absorviam; então, Deus
emerge como se tivesse saído detrás de uma nuvem; nossa
alma vê, sente a fonte de toda luz, volta-se natural e
inevitavelmente para ela; porque, tendo começado a esvair-se
dentro de nós tudo aquilo que dava ao mundo das sensações
sua vida e seu encanto, não sendo mais a existência material
sustentada por impressões externas e internas, sentimos a
necessidade de nos apoiarmos em algo que permaneça, que
nunca nos traia – uma realidade, uma verdade, absoluta e
eterna. Sim, voltamo-nos inevitavelmente para Deus; pois esse
sentimento religioso é por natureza tão puro, tão delicioso para
a alma que o experimenta, que compensa todas as nossas
outras perdas”. Huxley.
Agora e por ora, deixemos que o Sol brilhe mesmo que seja inverno.
Gratidão,
Dan Dronacharya.