“A mente humana no seu estágio primário tem pressa de sair de um problema e neste instinto tão natural e animal arranja outros problemas”.
A mente humana instintiva e imatura é aquela que responde de pronto as perguntas, sabe? Isso é engraçado, porque ela também se julga inteligente por conta dessa rapidez, pois, essa é a nossa primeira mente, ela não tem muita habilidade para lidar com problemas, pois, sempre busca resolvê-los de forma rápida, sendo que ela deveria perder a pressa e querer compreendê-los.
Ao compreender os problemas que temos em mente veremos que não temos problemas, notaremos que o que temos é uma necessidade extrema de “problematizar” as coisas, respondemos de forma inscosciente e totalmente imatura aos mandos e desmandos do exterior, assim é mais confortavel para nossa primeira mente, esse jeito de ser dela faz com que ela tenha mais tempo para criar mais problemas. Ela é como uma criança mimada que não precisa responder por nada, é inconsequente, não se preocupa com ninguém e é ingrata.
É isso mesmo meus amores! A nossa primeira mente (a instintiva) adora inventar problemas, ama questionar e não consegue ficar em silêncio nenhum instante. Ela gosta de ser destaque, sempre acha que está a perder algo, sempre acha que precisa estar em alerta, ela pula como um macaco e fala o tempo todo, além de se sentir muito mal quando imagina que tem informações escapando ao seu olhar vigilante (risos).
Ela não pode tranquilizar, vive presa numa rede de pensamentos sobre o passado ou sobre o futuro, coitada! Com isso, ela mantêm-se presa nas experiências exteriores, anteriores e mundanas. Na verdade e lamentavelmente por conta do medo que ela tem da morte, ela acaba por perder muita vida em busca de uma vida que não é vida.
Vamos lá, respira meus amores! Atenção, nós estamos a falar da mente instintiva, essa primeira mente tem a certeza que ao ampliar a consciência ela morrerá, ela nem imagina que a sua “morte” na verdade é a tranformação do casulo em borboleta, é esta ampliação que faz com que ela tenha paz.
Na realidade, nós passamos por uma mutação, sim! Melhoramos muito a nossa saúde mental e a nossa estabilidade físico-emocional, só com esse silêncio adquirido poderemos aliviar a carga de stress emocional, ganharmos em percepção e em raciocínio lógico e então, teremos muito mais qualidade de vida. Não há prejuízos em manter a tranquilidade da mente, mas é difícil perceber esse mecanismo que aqui narrado até parece simples, não é verdade? Eu sei que isso não é assim tão fácil de se ter, eu sei muito bem disso! Por isso eu convido-vos a esfriar a cabeça, a respirar profundo, a relaxar e mais do que ler o que eu escrevo, penso que você poderia tentar sentir se isso faz algum sentido pra você, porque aquilo que não vemos como solução não é solução, concorda?
Tente manter a calma! Isso a princípio parece ser contraintuitivo e a nossa mente instintiva vai ter pressa! Ela não aguenta pressão e não consegue perceber essa ajuda logo de pronto, entenda isso! Rapidamente, ela só consegue fazer “continhas” de somar e subtrair (risos). Entretanto, para entender o porquê se tem problemas na vida ou porquê gostamos de ter problemas, precisaremos de algo mais, vai além dessa habilidade inata de fazer contas (risos).
A nossa mente instintiva é medrosa e por ser assim não consegue pensar que o expandir da consciência seja algo positivo, nós tendemos em achar isso ruim, pensamos logo que os outros estão nos diminuindo e assim vai. Relaxa! Até aqui nada de errado com o seu sistema de cognitivo, vamos prosseguir…
O silêncio mental é de fato a morte da mente instintiva, ora, pois, minha gente! Já é sabido que ele é a expansão da consciência e o melhoramento do ser, não é? Somente no silêncio é que temos paz.
Na traquilidade nós deixamos para tráz aquela forma intempestiva de pensar e adquirimos um jeito manso não só no modo de pensar, mas também no modo de agir e no jeito de falar. Quando mantemos o nosso silêncio interior, ouvimos melhor a voz da inteligência que nos habita e assim conhecemos melhor o amor, a gente desperta a paciência para conosco e para com os outros a nossa volta.
Nós morremos para um nivel de pensamento imaturo, ignorante e cruel e entramos num outro nível, um modo mais elaborado, mais independente, muito mais amplo e amoroso
Neste novo nível de mente somos totalmente seguros e já não tememos mais nada, aceitamos tanto a vida quanto a morte e, portanto, nós não temos pressa alguma, temos o passo lento e firme, já não obedecemos o mundo, apenas vivemos nele e aceitamos com mansidão aquilo que as circunstâncias da vida nos traz e o melhor de tudo é que conseguimos ouvir com altivez a voz do Divino que nos habita. Experimente! Ouça-te! Mira-te a ti mesmo e escuta a tua própria voz. Dentro de ti está todas as respostas!
Gratidão eu sou. Ommmmmm!
Dan Dronacharya