A meditação Ocidental

“Nos últimos quinze anos, essa palavra meditação tornou- se muito popular no Ocidente. Antes disso, muito poucas pessoas, as que estiverem na Ásia, haviam indagado sobre as formas orientais de meditação. Os asiáticos disseram que somente através da meditação alguém pode chegar a, ou entender, aquilo que é intemporal, que não possui nenhuma medida. Mas, mais recentemente, aqueles que nada mais têm a fazer senão se chamarem de gurus, vieram para o Ocidente trazendo essa palavra, que faz a meditação parecer-se com uma droga. Há também os vários sistemas de meditação.
O tibetano, o hindu, o zen- japonês, e assim por diante. Esses sistemas foram inventados pelo pensamento e, sendo o pensamento limitado, os sistemas são, inevitavelmente, limitados. Eles também se tomam mecânicos, pois se você repete, repete, a sua mente, naturalmente, fica embotada, um pouco estúpida e completamente crédula. Tudo isso é senso comum, mas há uma tal avidez de experimentar algo de espiritual, seja através das drogas, do álcool ou seguindo um sistema de meditação que, como se espera, proporcione uma espécie de experiência excitante; existe um grande enfado com a vida diária, com o fato de termos de ir para o escritório durante os próximos quarenta anos e, ao final, morrer; há um tédio tão grande com relação às religiões estabelecidas que, quando alguém aparece com algumas noções fantásticas, as pessoas se deixam iludir. É isso o que está acontecendo; não é nenhum exagero, isso não é atacar ninguém pessoalmente, mas uma afirmação do contra-senso que está ocorrendo.”

Krishnamurti

Aqui transcrevo mais uma vez o grande Jiddu Krishnamurti, eu não mudaria em nada a sua maravilhosa definição sobre meditação no ocidente, penso exatamente igual a ele.

OM TAT SAT…

Dan Droncaharya .

Sobre Dan

Estudante da consciência, Escritora e Professora de Yoga

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