A fé

“Tão eu… Tão eu… Gratidão eu sou!

Techos do livro que estou a ler.

Dan Dronacharya
Praia de Nazaré

“A fé é nociva quando nos ensina que podemos pertencer a Deus de um modo especial, que Deus se tornará colérico e vingativo se agirmos de acordo com a criação. Crença e descrença, como culpa e inocência, estão estreitamente ligadas na alma; assim como entre a culpa e a inocência, debatemo-nos continuamente entre a crença e a descrença.
Segundo uma crença religiosa, o mundo é mau. Se eu adotar essa crença, terei de me divorciar da criação tal qual é e, implicitamente, do Criador. Para tanto, deverei afastar-me de tudo quanto vejo e experimento, voltando-me para outro deus sobre o qual sei apenas o que outros afirmaram ter-lhes sido revelado.

E tudo quanto poderei saber sobre esse deus. Não tenho experiência pessoal dele, só disponho de palavras alheias. Portanto, a crença nesse deus não passa, afinal de contas, de uma crença em afirmações de outrem, cujo testemunho passa a ser coercitivo para mim. Se eu quiser adorar e seguir esse Deus, precisarei esquecer e negar o que toco e vejo, além de confiar no que outros acreditam ter-lhes sido revelado.


Essa religião é transmitida pela cultura e pela tradição familiar. As pessoas a adotam principalmente porque a família a adotou. Renunciar a ela é renunciar à própria família. Assim se explica por que os que se afastam desse tipo de religião têm os mesmos sentimentos de culpa, sejam muçulmanos, católicos, judeus, protestantes ou budistas. Portanto, essa fé nada tem que ver com os conteúdos do catolicismo, do protestantismo, do islamismo ou do budismo. E mera questão de lealdade ou deslealdade para com a família, não uma experiência concreta de Deus ou da Grande Alma.
A religião e a fé baseadas na aceitação do mundo tal qual é unem a humanidade, ao passo que a fé de um determinado credo ou grupo ergue barreiras entre as pessoas.

A experiência religiosa que abarca e ama o mundo tal qual é não reconhece fronteiras.
Aqueles que aceitam e amam a Terra tal qual é não podem confinar-se num único grupo. Eles vão além dos limites de um grupo em particular e abraçam a totalidade do mundo assim como é. O amor à Terra e o movimento que esses amantes empreendem — para ir além do grupo e alcançar a totalidade do mundo — nada têm que ver com a crença que teme, odeia e divide. Esse amor abarca, sustenta e acata a diversidade na unidade da vida”.

Bert Hellinger.

Sobre Dan

Estudante da consciência, Escritora e Professora de Yoga

2 comentários

  1. Great content! Keep up the good work!

    1. Good morning! Gatitude 🙂

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