“Tudo bem ter segredos: Isso é sobre a importância da autoproteção e da sinceridade nos relacionamentos humanos.”
Hello my dear readers and beloved haters,
Eu estive ausente porque, infelizmente, o Raynaud tem dificultado um pouco a minha vida. Sinto-me mais frágil emocionalmente e, por conta disso, até o que eu amo fazer, como por exemplo escrever e dar aulas, estava a causar-me muito stress. A médica determinou o afastamento de tudo aquilo que me inervasse para que as crises diminuíssem. Então, como eu não posso fugir de mim mesma, eu não tive alternativa, senão enrolar os tapetes de Yoga, pausar as aulas online e presenciais e escorar mais uma vez a porta do meu gabinete.
Pois bem, eu aproveitei esse tempo a sós, sem aulas e sem exposição ao tempo que estava frio, para ler, estudar e aprofundar-me nos meus estudos de Yoga e Tantra. Acho que foi bom. 😉
Portanto, eu estou aqui muito mais “eu”, bem mais plena e totalmente consciente de quem sou e, por isso, também estou menos ciumenta e mais feliz. Isso tudo depois de ler alguns livros bem “maluquinhos”. 🙂 🙂
Não é segredo para ninguém que desde os tempos mais remotos nós enganamos os outros e somos enganados por eles. Mas por que será que algumas pessoas simplesmente não conseguem ser verdadeiras? Por que será que a arte do flerte é cheia de enganos? Qual é a razão de alguém se deixar ser enganado? Isso é um tipo de autoengano? São muitas perguntas e poucas respostas. Hum, ok!
Vamos tentar entender algumas coisinhas. Conhecem o Maquiavel? Pois bem, o prezadíssimo Nicolau Maquiavel foi um filósofo, historiador, poeta, diplomata e músico de origem florentina do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna pelo fato de ter escrito sobre o Estado e o governo como realmente são, e não como deveriam ser. Ele afirmou que:
“Quem engana sempre vai encontrar alguém por quem se deixará enganar.”
Oh my goodness! Será???
Pois bem, meus amores, o lance é tentar perceber se isso realmente acontece com a nossa anuência ou se é falta de percepção, destino, castigo dos deuses ou macumba. 🙂
Seja lá o que for, o que todos já sabem é que vou levar o assunto para a área energética dos relacionamentos humanos. Acho que assim fica mais fácil para entendermos melhor as coisas ao nosso redor. Para mim, a troca de aprendizados nos é bastante favorável. Eu acho importante esse compartilhar de sensações e vivências que captamos durante a nossa estada por aqui. Mas, por agora tentem responder à pergunta à frente… Vocês já se deixaram enganar? E depois do ocorrido, reclamaram da enganação?
Ora, ora, meus amores, já nos é sabido que a cura da mente vem com algumas respostas que, inicialmente, parecem complicadas. Mas depois de algumas respirações, tudo se ajeita. Mas só acalmam, não se resolvem. Entenda que o melhor para nós é esfriarmos o pensamento para resolver qualquer coisa.
A compreensão de que temos que proteger a nossa energia e ter cuidado com quem confiamos é de suma importância.
É essencial termos consciência das nossas fragilidades emocionais e trabalharmos para fortalecermos nossa autoconfiança e autoestima, para que não sejamos vítimas de vampiros energéticos.
Ao mesmo tempo, concordo que não devemos desconfiar de tudo e de todos, pois isso pode nos tornar excessivamente desconfiados e prejudicar nossas relações interpessoais. A confiança é uma questão de reciprocidade, e deve ser construída com base na honestidade, na transparência e no respeito mútuo.
Devemos estar atentos aos sinais de alerta e aprender a identificar pessoas que possam nos fazer mal, mas também devemos manter uma postura aberta e receptiva em relação às pessoas que nos cercam. A confiança é uma conquista, e devemos trabalhar para conquistá-la e mantê-la em nossas relações pessoais e profissionais.
A autoproteção está em deixar seguro aquilo que nos aflige. E sim, meus amores, todas as pessoas possuem segredos e isso é uma forma de manter seguro dentro de nós o senhor que nos habita.
Nunca foi necessário e nem seguro para ninguém expor-se totalmente aos outros e, geralmente, quando confiamos em uma pessoa sem ela ter feito por isso, é quando nos machucamos. A gente sai com muitas feridas deste tipo de relação. Não vale a pena!
Agora, acalmem o seu ser, respire, se não a gente pode pirar. Ufa! Releiam o parágrafo, vamos dar uma pausa na leitura, fechem os vossos olhos e fiquem em silêncio por alguns instantes, para o corpo ganhar alma e alma ganhar calma.
Agora respondam com toda sinceridade para o seu interior: Quem foi que vacilou com quem quando lhe enganaram? Quem foi que deixou o interior desprotegido? Isso não é uma questão de culpados e inocentes, minha gente, Isto vai muito além, é uma questão de auto proteção, de preservação, é uma atitude de auto-observação do seu interior para conhecer melhor a si mesmo.
“O autoconhecimento vem quando observamos a nós mesmos nas relações com todas as pessoas que nos cercam.”
Jiddu Krishnamurti
Além disso, possuir segredos não é algo ruim, o que realmente nos é negativo é confiar nos outros e duvidar de nós mesmos. Manter-se seguro é uma responsabilidade totalmente sua. Portanto, mantenha os seus segredos para preservar a sua integridade e consequentemente a sua dignidade. 😉
E embora exista por aí uma crença limitante de que o ser humano é bom por natureza, eu sigo pensando que não. O ser humano é o exercício que faz e se ele não exercitar tais coisas como o amor, a bondade, a moral e a gratidão, ele não poderá transmitir nada disso. Fica como um bicho selvagem. Imaginar que somos seres bonzinhos é uma das maiores tolices da mente humana.
Espera! Calma! Antes de ficarem aborrecidos comigo, deixe-me desmiuçar este raciocínio. Pensem comigo, se o ser humano fosse bom por natureza, por que ele precisaria aprender o que é honestidade, a bondade e todos outros bons sentimentos que a duras penas aprendemos a cultivar em sociedade? Se ele fosse bom por natureza, por que tende para o mal? Imaginar que somos bons por natureza é a desculpa desonesta que damos a nós mesmos para continuarmos certos quando estamos errados. Isso sim!
Acho que já chegou a hora de aprendermos a amar com mais intensidade e entender de uma vez por todas que o pilar dos relacionamentos humanos não é a confiança, como muitos pensam, e sim a SINCERIDADE. Sendo sinceros, somos dignos e, sendo dignos, não pediremos a ninguém para que confie sem conhecer. Assim, penso que poderemos amar sem enganar, amar o outro sem cobranças. Isso só será possível porque, a esta altura, o despertar do amor próprio e aceitação do seu EU já terá acontecido. OMMMMMMMM!
Gratidão, eu sou.”
Dan Dronacharya