A Espera pela Presença Ausente
“A energia do amor não passa”
Os sinos da aldeia badalam de hora em hora e eu sinto que os dias passam lentamente nos ponteiros apressados dos relógios cronológicos e na mente de quem sentiu o amor fica a pergunta do que é que se passou? Eu estou a espera de receber um telefonema, uma mensagem ou até mesmo um insulto, mas esse silêncio desnorteia-me, angustia-me e petrifica- me a alma.
Eu sei que as pessoas que vem e que vão, mas eu também sei que existem aquelas que simplesmente ficam…
Por onde andas? Já não te vejo na estrada, não sinto teus passos na calçada, perdi o teu aroma e os pasteis de nata emboloraram na lata.
O café esfriou, o chão gelou-me ainda mais os pés que já estavam demasiadamente frios, as flores murcharam no jardim, os pássaros silenciaram e o vento mudou de rumo. A morte chegou… Outra vez?
Por onde andas? A relva cresceu e já secou, a lua deu três voltas e o Sol ainda insiste em arder, mas, de tu eu não sei dizer.
Achaste os trilhos? Então, enfim retornaras de onde não deverias ter partido? Quando foi que isto ocorreu, enlouqueci, embriaguei-me ou adormeci?
Sinto a tua falta;
Falta do calor, do desejo que arde como fogo mais não queima, anseio os olhares perdidos e proibidos, procuro em vão a vontade que tinhas de me possuir.
Passou?
Aonde andas? Onde estive que não percebi a tua partida?
….
Eu ainda espero que tu retornes.
Curandeira d’Almas
Dan Dronacharya