Uma Carta para a Curandeira

Desejo saber de ti;

Olá Curandeira;
Tenho escrito algumas canções sobre ti..
Quero saber das tuas estradas. Já nos conhecemos há muito tempo e, sempre que nos encontramos, falamos muito sobre mim e sobre várias coisas, mas quase não ouço falar de ti. Conta-me a tua história.
Quais são os sabores e aromas de que tens saudades? Fala-me sobre a tua infância e juventude, descreve teu prazer pelo campo. Canta outra vez a canção “Casinha no Mato”. Deixa-me ouvir-te. Ah, eu quero mesmo saber de ti.
Sinto-te como parte de mim, estejas longe ou perto.
Conta-me qual é o doce que mais gostas. Qual travessura fizeste quando eras criança e qual foi a arte que deixaste muda?

Bem;
Reza a lenda que as bruxas têm solução para tudo, mas…
Não sei bem como me expressar.
Sabemos que o amor chega quando o nosso personagem falha e alguém deseja saber de ti.
O amor nos emudece, desnuda-nos, quebra nossas defesas e nos deixa sem ação.
Não estamos acostumadas com isso. Alguém quis saber de ti? Perdemos as palavras, o que dizer?
O silêncio domina, as lágrimas caem e a morta renasce, o corpo sente a energia vital fluir entre as suas entranhas, a pele arrepia-se e a alma respira.
O amor move montanhas e tem o poder de ressuscitar as curandeiras d’Almas existentes no mundo. Afinal, as curandeiras d’Almas “is matter.” 😉
Eu sei muitas poções e rituais mas, não! Não sei, se sei ser amada…
Gratidão,
Dan Dronacharya.

Sobre Dan

Estudante da consciência, Escritora e Professora de Yoga

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